Como o pensamento é rápido, como o pensamento é capaz de fazer associações de idéias em segundos; é algo impressionante.
Para quem ainda não assistiu ao filme, eu recomendo.
Para quem já assistiu, acredito que todos concordam comigo, é impossível imaginar outra pessoa no lugar de Jamie Foxx para interpretar Ray Charles.
Aqui vai um resumo: (fonte: Bravo! online)
O filme narra a trajetória de Ray a partir dos 17 anos, quando ele atravessa os Estados Unidos em direção a Seattle, decidido a ganhar a vida como músico. Termina em 1979, quando a Geórgia, o conservador estado em que o cantor nasceu, institui seu sucesso Georgia on My Mind como canção oficial. Na verdade, foi uma retratação: o governo estadual proibira o cantor de se apresentar em seu território por mais de uma década, como represália por Ray ter se recusado a tocar para uma platéia segregada, em que negros e brancos sentavam-se separados.
Usando com inteligência o recurso do flashback, o roteiro do filme enriquece a narrativa com cenas da infância miserável de Ray. “Você é cego, não aleijado”, ensina Aretha (interpretada pela ótima atriz Sharon Warren), inflexível em sua decisão de tornar o filho auto-suficiente. Uma lição que o cantor seguiu à risca: jamais usou um cachorro ou uma bengala para se orientar, somente os sentidos que lhe restaram.
A trilha sonora, disponível em edição brasileira da Warner, acerta ao utilizar só gravações originais de Ray Charles, várias delas registradas ao vivo. Apesar de algumas simplificações e liberdades do roteiro, são especialmente saborosas as cenas que retratam o nascimento de sucessos do cantor e compositor. Como I’ve Got a Woman, que gerou protestos de religiosos, em 1955, por fundir a harmonia e boa parte da letra de uma canção gospel com a conotação sensual do rhythm’n’blues. Para vários críticos, essa gravação serve de marco histórico para o nascimento da soul music.
Outra história curiosa que o filme recupera é a da canção What’d I Say — que, mesmo banida de algumas rádios norte-americanas, vendeu mais de um milhão de cópias. A música foi composta por Ray de improviso, em um clube, em 1959: embora ele e a banda já tivessem tocado todo o seu repertório, o tempo do show ainda não se esgotara. Com o auxílio das Raelettes, trio vocal feminino que o acompanhava, Ray criou uma canção de acento rítmico latino e letra repleta de alusões sexuais, que misturava o padrão clássico de chamada-e-resposta do gospel com o apelo dançante do rock’n’roll. Uma tirada de gênio.
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